Alertarmos os pais, professores e a população em geral para um fenômeno que atualmente acontece muito entre os jovens que frequentam academias de musculação:o uso de hormônios esteróides anabolizantes androgênios em dosagens até 100% maiores que as normalmente prescritas em situações médicas adequadas, acarretando repercussões físicas e psiquiátricas importantes.
Já tive notícias que esses hormônios são vendidos até em algumas academias, sem segurança alguma quanto á procedência dos medicamentos. Nesses lugares alguns de uso veterinário, denotando a completa falta de limites dos usuários e de quem faz o comércio desses produtos.
pode causa também tumores hepáticos.No sistema nervoso central, convulsões, dor de cabeça e trombose do seio sagital. No metabolismo:intolerância á glicose, aumento do colesterol LDL e diminuição do HDL. No sistema endócrino: dificuldade urinária, ginecomastia (aumento das glândulas mamárias no homem) e atrofia testicular temporária (podendo ou não haver diminuição da produção hormonal própria desse órgão).
São ainda descritos quadros psiquiátricos associados ao uso desses hormônios:sintomas psicóticos, mania (excesso de euforia, podendo ser acompanhada ou não de delírios), ansiedade e/ ou pânico , e ainda comportamento violento (uma das causas das famosas brigas entre gangues dos bailes funk tão comuns nas grandes cidades).
Afinal,o que leva os jovens a buscarem os anabolizantes?
Todos sabemos quão difícil é a adolescência. No que se refere á imagem corporal masculina, há uma excessiva preocupação com a musculatura, com a estatura, com o peso corporal e principalmente com a beleza, visando ao melhor manejo da sedução e até a competição exacerbada.
A auto-estima rebaixada também é uma causa muito importante. Normalmente esses jovens não conseguiram um fortalecimento da estima durante as primeiras fases do desenvolvimento, não estando portanto imunizados o suficiente para atravessarem esse período caótico e turbulento de mudanças corporais bruscas e de novas exigências que é a adolescência. Não suportam frustrações, tensões, incertezas,vicissitudes por um longo período de tempo. Então enfraquecidos para a competitividade nos moldes prescritos em nossa cultura.
Não deve ser "Brincadeira"viver com toda exigência que é colocada em cima desses jovens.Os modismos são cada vez mais velozes neste mundo mutável e de crises constantes de valores. Como é difícil viver, esses hormônios estão no mercado oferecendo facilmente um corpo aparentemente musculoso e muito bonito, o que faz com que eles pensem:por que não usá-los?.
O papel da família!
Essa questão deve ser discutidas nas famílias. Os pais deverão ficar atentos e dentro do possível acompanhar seus filhos nas atividades das academias, conversar com os instrutores e de vez em quanto dar uma "olhada" nos outros frequentadores verificando qualquer anormalidade, porque nem sempre a academia é um local bom e saudável.
Deverão agir rapidamente se perceberem o desenvolvimento rápido de massa muscular em seu filhos. Normalmente o que vemos são os jovens frequentando as academias e os pais "Não estão nem aí para os filhos".
O papel das escolas!
As escolas deverão informar cientificamente as ações e os danos desses produtos químicos, principalmente nas aulas de ciência e biologia, cabendo aos professores e pais informarem-se precisamente sobre os riscos de tais expedientes usado pelos jovens. As autoridades de saúde competentes devem fiscalizar aquelas academias irregulares, sem as condições técnicas devidas e sem pessoal qualificado.
No sentido de melhorar a qualidade dos treinadores que ali ensinam. Muitos deles ignoramos riscos e inconsequentemente fazem a tal "Vistas grossas" quanto o uso pelos alunos. Outros até mesmo, como são usuários "Bombados", termo usado para referir-se aqueles que ficam "fortões" e musculosos com o uso desses medicamentos, chegam a estimular ou mesmo vender aos alunos. É ainda de máxima importância esclarecer os efeitos danosos de tais medicamentos nas universidades formadoras de educação físicas. A população deve ser amplamente esclarecida, pois se observa que o uso dessas substâncias é muito mais comum do que se pensa. Mistureba, blog Mistureba
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